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quinta-feira, 11 de março de 2010

A Loucura na Idade Média





Procurando assuntos relacionados ao tema da semana para o Blog, encontrei este texto interessante, que trata da Loucura na Idade Média. Neste período tão conturbado, a vida dos doentes mentais não era nada fácil. Estes indivíduos eram submetidos aos mais variados castigos e humilhações por parte das pessoas consideradas sãs.
A Idade Média para alguns historiadores situam seu início entre o ataque dos bárbaros a Roma, após a morte de Teodósio (395 d.C.) e a tomada de Roma por Alarico (410 d.C.) e termina em torno de 1453, ano da tomada de Constantinopla pelos turcos.
Nesse período, sob a influência do cristianismo, acreditava-se que o mundo era um todo organizado de acordo com os desígnios de Deus. Por isso, tudo e todos obedeciam à ordem divina.
Os insanos, os retardados e os miseráveis, eram considerados parte da sociedade e o principal alvo da caridade dos mais abastados, que assim procuravam expiar seus pecados.
Os dentes mentais eram chamados de “lunáticos” (do latim luna = Lua, pois se acreditava que a mente das pessoas era influenciada pelas fases da lua) ou “pecadores” (do latim peccatu = pecado, indicando a transgressão de qualquer preceito religioso ou a existência de certos defeitos ou vícios nos indivíduos). A doença mental era decorrente de uma relação defeituosa entre o homem e a divindade, um castigo pro faltas morais e pecados cometidos, ou provocada pela penetração de um espírito maligno no organismo do indivíduo ou, ainda, pela evasão da alma do corpo da pessoa.
Ainda assim, os loucos desfrutavam de relativa liberdade de ir e vir: suas famílias confiavam na caridade alheia para garantir a sobrevivência de seus filhos e aceitavam seus impulsos e características peculiares como “a vontade de Deus”. Muitas vezes, esses “insanos, lunáticos ou pecadores” eram submetidos a rituais religiosos de exorcismo ou adorcismo (ação mágico-terapêutica que buscava restabelecer no indivíduo sua alma perdida). Os padres, beatos, “homens santos” e membros da nobreza que praticavam esses rituais não agiam com crueldade física.
Doentes com distúrbios mentais mais graves ou mais agressivos eram flagelados, acorrentados, escorraçados, submetidos a jejuns prolongados, sob a alegação de estarem “possuídos pelos demônios”. Podiam até ser queimados. No final da Idade Média, vários indivíduos de comportamento “desviante”, de loucos a contestadores, foram assim perseguidos, julgados e queimados vivos nas fogueiras da Santa Inquisição.





3 comentários:

  1. Muito bom o tema e o texto, sil! tem um livro do Foucault q trata sobre isso, ñ lembro o título agora.

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  2. Adoreii o texto, além de interessante muito congruente a meu ver, estou construindo minha monografia sobre a Loucura e vejo que neste site encontrarei muito material bom pra contrui-la .. \o

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  3. Se pder me ajudar indicando outras coisas relacionada ao assunto agradeço!

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