Compulsão Sexual
Ao pensarmos no comportamento sexual, podemos levantar várias questões que são comuns a todos nós. Será que existe um padrão correto para expressarmos a nossa sexualidade? Até onde é saudável? Será que tenho algum problema por sentir tanta vontade de fazer sexo?
Existem diversas maneiras para expressarmos o nosso desejo sexual. Algumas pessoas têm diminuição do desejo sexual, outras são indiferentes, outras acham que a sexualidade é muito importante, e por isso vivenciam a sexualidade freqüentemente. Existem aqueles que fazem sexo não necessariamente com o intuito sexual. Tais pessoas apresentem o que chamamos de comportamento compulsivo sexual ou hipererosia.
Uma das características dessas pessoas é a necessidade de sempre fantasiar algo relacionado à sexualidade. Esses pensamentos são constantes, a pessoa sente-se inquieta, e isso a impede de fazer outras coisas importantes de maneira dedicada, concentrada e coerente. Seu tempo lhe parece curto, pois ela deixa de fazer coisas importantes para fantasiar ou mesmo para vivenciar esses desejos. Dificilmente essa pessoa consegue se concentrar em algo que não seja relacionada ao sexo.
De acordo com Rodrigues Jr. (1998), os pressupostos para dizer que a pessoa apresenta o comportamento sexual compulsivo, dependem de características de personalidade específicas.
Essas pessoas apresentam características como:
Ter pensamentos ou atos compulsivos recorrentes;
Ter pensamentos obsessivos – idéias, imagens ou impulsos que entram na mente do indivíduo repentinamente e de forma estereotipadas, são angustiantes, e a pessoa não consegue resistir a elas;
Ter atos ou rituais – comportamentos estereotipados que se repetem muitas vezes, não são agradáveis e são vistos como preventivos de algo improvável. Essas manifestações ocorrem em conjunto com ansiedade e depressão.
Essas características variam de pessoa para pessoa, dependendo do quanto se está envolvido nesses pensamentos automáticos e da estrutura de cada um.
Tais aspectos psicológicos apontam para a patologia denominada comportamento compulsivo sexual. Porém, e claro, isso não é tão simples assim, pois existem muitas questões que vão influenciar e necessariamente precisam ser avaliadas. Não basta a pessoa se identificar com algum desses aspectos ou simplesmente ignorar, achando que não tenha nenhuma ligação com ela, que estará resolvido. Uma vez que existe a suspeita, é muito importante buscar ajuda especializada para uma avaliação.
A compulsão sexual e o modo de pensar
A maneira de se pensar dessas pessoas é distorcida. Na maioria das vezes elas não admitem ter esse problema, e por isso não buscam ajuda. Pois seus comprometimentos emocionais os impedem de tomar providências para modificarem-se, pois seus mecanismos de pensamentos e comportamentos não mudam. E são pessoas que estão em nosso meio, que trabalham, estudam e tem suas relações sociais aparentemente “normais”. Para essas pessoas, é muito difícil admitir que precisam de ajuda profissional. Elas só procurarão ajuda quando, por causa do comportamento compulsivo sexual, graves prejuízos acontecerem. Normalmente acham que sairão dessa situação sozinhas.
Origem
Não existe apenas uma origem. O ser humano é muito complexo, e diversos fatores podem contribuir. O ambiente em que a pessoa se desenvolve pode ser um facilitador, mas não determinante do desenvolvimento do comportamento compulsivo sexual. Mas sim, a própria pessoa que desenvolve mecanismos de pensamentos, as quais, com um ambiente facilitador esse comportamento é desenvolvido. Um exemplo de ambiente familiar facilitador, é aquele onde se valoriza muito a fala e ou ações sexuais exageradas, bem como a maneira de pensar compulsivamente.
Tratamento
O tratamento psicoterapêutico é extremamente eficaz para aqueles que aceitam a idéia de que estão com dificuldades, que sozinhos dificilmente conseguirão resolver esse problema. Dentro da Psicologia, a abordagem que tem mostrado melhores resultados para tratar esse problema é a Comportamental Cognitivo.
Bibliografia
REVISTA TERAPIA SEXUAL – Clínica – pesquisas e aspectos psicossociais. Vol. I. São Paulo: Iglu, 1998.
DSM-IV-TR - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Cláudia Dornelles; - 4. Ed. ver. – Porto Alegre: Artmed, 2002.
http://www.pailegal.net/psisex.asp?rvTextoId=-90074302
REVISTA TERAPIA SEXUAL – Clínica – pesquisas e aspectos psicossociais. Vol. I. São Paulo: Iglu, 1998.
DSM-IV-TR - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Cláudia Dornelles; - 4. Ed. ver. – Porto Alegre: Artmed, 2002.
http://www.pailegal.net/psisex.asp?rvTextoId=-90074302
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