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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Absinto - Parte 1 e 2

Para os leitores que apreciaram saber um pouco mais da bebida Absinto, junto os dois textos num só. Apreciem com moderação. 

Absinto, a bebida da Fada Verde (La Fée Verte).

Feito da erva Artemisia absinthium. Anis, funcho e por vezes outras ervas compõem a bebida, o Absinto foi criado e usado antes como remédio pelo Dr. Pierre Ordinaire, médico francês, por volta de 1792. Seu teor de álcool é de 40% e 85%. Tem geralmente uma cor verde-pálida, transparente. No caso de estar envelhecido, fica castanho claro. Possui ainda certo poder alucinógeno.

Erroneamente chamado de licor, é na verdade uma bebida destilada. Muito popular na França, sobretudo pela ligação aos artistas parisienses de finais do século XIX e princípios do século XX, até a sua proibição em 1915.

O absinto era apreciado por Toulouse Lautrec, Vincent Van Gogh, Pablo Picasso, Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Oscar Wilde, Aleister Crowley e Ernest Hemingway.

Os males causados pelo absinto

Na Europa do início do século XX o absinto pode ser considerado uma droga de massas, levando a população ao alcoolismo e, segundo médicos da época, ocasionando outros problemas de saúde, inclusive mentais, tais como: epilepsia, impotência, tuberculose, sífilis, suicido e loucura.
O consumo de absinto na França era tão elevado que a hora do consumo foi apelidada de hora verde, entre 17h00 e 19h00 da noite. Em 1912, cerca de 220 milhões de litros de absinto eram produzidos na França.
Além dos males à saúde, o absinto foi responsável pelo aumento da criminalidade. Um exemplo disso ocorreu em 1873, com o poeta Paul Verlaine. Após beber absinto, atirou em Arthur Rimbaud, seu amante. Van Gogh, além de suas perturbações inatas, estava sob o efeito da bebida quando cortou a própria orelha e agrediu Gauguin. Em 1905, Jean Lanfray assassinou sua família com uma espingarda após grande consumo de outros tipos de álcool e de absinto.

Proibição

Em 1908, por plebiscito popular, foi proibido na Suíca, onde 63,5% dos eleitores apoiaram a proibição. Aplicada em 1910, a lei proibiu o absinto na Suíça. Outros países seguiram e em 1913 os EUA e quase toda Europa haviam adotado a proibição. Apenas na Espanha, Portugal, Dinamarca e Inglaterra ainda era permitido o consumo, desde que a bebida fosse produzida com quantidade limitada de tujona.
Em 1999 no Brasil, foi trazida pelo empresário Lalo Zanini e legalizada no mesmo ano, porém teve de adaptar-se à lei brasileira, com teor alcoólico máximo de 54ºGL.

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