Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles
Well, querido...
ResponderExcluirTambém não sei onde foram parar muitas das minhas marcas originais, que se perderam no tempo...
Mas, aos poucos, fui descobrindo outras para substituí-las: mais fortes e amenas, mais doces e ariscas!
Contraditório? A vida também o é!
Beijos, com carinho!!
Obrigada por nos trazer Cecília...
Well
ResponderExcluirBelo poema que você poetizou aqui no Blog.
A vida sempre nos traz marcas. Umas não ficam, mas há outras que marcam bastante...Resta-nos apenas conviver com elas.
Bjusss
Sil
Que belo!!! Eu adorei a post, T.W. Vc encantou-me...
ResponderExcluir^_^•
Bjs lindo ♥
Essa palavras, que muitas pessoas
ResponderExcluirteme a dizer.
Mas só assim, mostra que tal pessoa adquiriu experiência de vida!