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sábado, 19 de março de 2011

Ao Amor Antigo - Carlos Drummond de Andrade

E então, sigo nesta tua correnteza. Deixo ela me levar sem medo.  
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

6 comentários:

  1. Oi Sil Querida!

    Linda postagem! Esse poema é lindo!E Drumond é demais!

    Tenha um fim de semana feliz!

    Meus beijos e meus carinhos pra ti!

    Sil... sua xará! rs

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  2. Oi, pessoal
    Obrigada a The Well pelas constantes visitas no blog.
    Esse poemade Carlos Drummond é mesmo fantástico.
    Concordo plenamente que o amor antigo nunca acaba, sempre fica mais fulgurante.
    Beijos, Sil.

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  3. Querida Sil!

    Unindo Legião e Drummond em um mesmo post, só mesmo obtendo um resultado fantástico, né?

    Simplesmente divino!!

    Obrigada pelo presente para o final de semana!

    Beijos!!

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  4. Excelente, adorei ter lido todas estas palavras sensiveis e doces, verdadeiras e poéticas tbm.

    Tenha um bom final de semana! Tudo de bom.
    Xerooo no coração..rs
    Se cuida.

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  5. > Lena, seu blog é porreta!

    Sil sempre nos trazendo o que há de melhor.

    Tem uma música de Tim Maia Sobre o tema.

    Xêros!

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