Problemas? Desafetos? Contas que estão para vencer?
Planejamentos, ideias e tudo aquilo que eu não deveria
procrastinar?
Só por hoje, deixarei para amanhã.
O agora não me resolve, não me conforta mais.
Nada será solucionado em um prazo menor que o dia seguinte.
Só por hoje, deixarei para amanhã.
Guardo os textos não-terminados, as frases cortadas pela
metade...
As vírgulas, os pontos finais, as exclamações
ditas num olhar.
Só por hoje, deixarei para amanhã.
Porque, no momento presente, o futuro me acalenta.
Me dobra no meio, me faz e desfaz – fingindo-se de contente.
Só por hoje, deixarei para amanhã.
Amanhã a gente conversa. Amanhã a gente vê.
Apenas por agora, permita-me não pensar em nada.
Amanhã pode ser tarde...
Mas hoje? Hoje é muito, muito cedo...