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sábado, 16 de abril de 2011

Um Pântano...

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Um Pântano...

Não sei bem porque... mas a palavra pântano me hipnotizou agora...
As paixões podem bem ser simbolizadas por um pântano... ou quem sabe por areia movediça...

Mas areia movediça também me faz pensar nos meus mergulhos reflexivos... e esses mergulhos já trazem em si a ideia, ou melhor, a imagem de rede!
Uma reflexão se amarra a outra e essa a uma terceira e assim sucessivamente e ininterruptamente vão se ligando sem uma direção ou sentido linear... nunca se sobrepõem... apenas se entrelaçam... e se meus mergulhos são como em areia movediça, neles mesmos me refaço... me resgato pela rede ali mesmo construída...
E se rede lembra prisão... armadilha... esta rede traz em si também a armadilha e o perigo dessa mesma representação... pois se me suspende da profundidade... se me resgata de minhas reflexões, trazem-me de volta para o pântano das paixões!
Pode parecer medíocre... 'miníocre' até... mas de fato devo confessar: “eu” estava plena... feliz... e ainda sinto reflexos da plenitude passada...

Se as paixões são um pântano... Essa paixão... Esta paixão! Esta paixão tem na correspondência... no encontrar do mesmo olhar... algo de paradisíaco... e não dá para entrar num pântano sem dele se untar... sem nele se misturar... E um pântano florido impregna tudo de primavera... nos tinge de tantas cores... e, como tudo, somos um só pântano...

O arco-íris dessa metáfora faz do mundo um lugar melhor... faz da matéria disforme o ideal estético da beleza... E a primavera líquida... Sim! O pântano desta paixão correspondida não pode ser dito de outra forma... não pode ser sentido sem o mistério de sua transubstanciação... é portanto, primavera líquida! E o sol, que ali irradia e o aquece, o faz liberar a essência que me inebria... me entorpece... me vicia... me enlouquece... me judia e enobrece!


E esse texto... Este texto! É só pra dizer que me perdi nas emoções de ontem e me encontrei nas emoções de ontem (re)vividas neste instante... e no entanto... no instante seguinte fui despertada para o instante real pelo som que me oferecia esse mesmo instante real...

Mas não se espante se:
Toda a profundidade lamacenta de minha alma não pode ser compreendida por você...



9 comentários:

  1. Uau...

    Uau...

    Esse doeu na alma!! Verdade escancarada, paixão dilacerada, espírito exposto...

    Que show de prosa-narração-devaneio, linda Kel!

    Só podia vir de você uma compreensão tão nítida e clara sobre a paixão... Tocou fundo em mim, em meus anseios, em minhas percepções! Remexeu tudo aqui dentro, pra variar...

    E quem nunca se sujou de lama - seja nos pântanos ou por outros meios - não tem o direito de dizer que se apaixonou profundamente!!

    E, cá entre nós, sempre tem um chuveirinho próximo para lavar a alma e começar tudo outra vez!

    Cruel... mas existe!

    (ainda não encontrei, se achar me avise, por favor...)

    P-E-R-F-E-I-T-O-O-O-O!

    Adoro você!

    Um beijo enorme e viva o pântano da paixão!!

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  2. P.S.

    Liga não, a maioria dos "apaixonantes" não compreendem os "apaixonados"...

    Só em filme, no final!

    Beijoooo!

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  3. Olá!!

    Engraçado... o pantano lamacento que alguns insistem achar nojento- foi onde me escondi por um bom tempo.

    Não acho que sou nojento?... rs

    Um beijo enorme e ótimo fds!

    Te espero no Alma.

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  4. Tati, linda!!! Como podes me entender tão bem... Confesso que às vezes morro de medo do que escrevo... rs Sempre nasce primeiro a metáfora e depois o restante surge de um de meus eus que se apresenta... Juro que sinto e reflito o que escrevo... Mas, tenho a impressão que nem sempre fica claro do que se trata...rs Enfim, agradeço profundamente poder te conhecer e permitir que me explique com seus coments um pouco de mim...

    Óbvio que a adoro!!! Gracias...

    Vinicius!!! É um prazer tê-lo aqui... E meu pântano lamacento também não o acho nojento; é primavera líquida! rs Paradoxal? Pois é...

    E claro, terei o maior prazer em visitá-lo... estou curiosíssima!

    Beijocas-devaneios...

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  5. Linda Louca Kel

    Tua metáfora da paixão tá sensacional.Não me atrevo a expressar uma análise mais profunda. Contento-me a apenas sentir e deliciar-me com teu texto. Ma...ra..vi...lho...so!!!!
    Bjusss encaranguejizados. Afinal, todo caranguejo curte a lama....
    Já dizia o Chico Science. Da Lama aos Caos.
    Sil

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  6. Coisasdelouco,
    Além de achar lindo, amei esse amor enlameado... Parabéns por ousar no texto e ter como resultado algo loucamente lindo!! Beijos e um ótimo domingo!

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  7. Gosto tanto de um baínho de lama...
    Depois a gente toma um banho de chuva e tá resolvido!

    Seus posts sempre tocando fundo a alma.

    Vc é fantástica!

    Xêro pantanoso!!

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  8. Hey, Kelzita querida!

    Paixões de pântano... Paixões lamacentas... Paixões, primitivas paixões!

    O que restaria de nós sem esse tremendo banho de lama que resolvemos nos dar, uma vez após a outra?

    Acho que a paixão é um vício... pra não dizer veneno, porque veneno é coisa ruim, e paixão tem muito de bom implícito nela!

    Mas, nossa! Tu sabes traduzir o efeito dessa grande trama em alto estilo, de maneira única!!

    Identifico-me cada dia mais com teus textos e espero que creias que não é bajulação!

    Lamas intermináveis, pântanos estrondosos: eis a nossa sina!

    Bitocas... avassaladoras!

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  9. boa tarde é coisa de loco mesmo, este texto me fez lembrar o Chico Cience gostei coisas de louco
    abraço

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